segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

ONU realizará pesquisa sobre migração de profissionais de saúde no Caribe

Ao longo de três meses, uma equipe de pesquisadores visitará 16 países e territórios caribenhos para identificar fluxos de deslocamento e reunir dados para políticas sobre o tema. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) vê com preocupação a intensa emigração de profissionais no Caribe, o que pode ocasionar carências de trabalhadores nos sistemas de atendimento.
Déficit de profissionais de saúde no Caribe preocupa OPAS. Foto: Banco Mundial
Déficit de profissionais de saúde no Caribe preocupa OPAS. Foto: Banco Mundial
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) realizará um estudo sobre as tendências migratórias dos profissionais de saúde no Caribe. Objetivo da pesquisa é compreender fluxos de deslocamento para orientar políticas regionais e identificar faltas de equipes médicas. Dados também ajudarão países a implementar o código de práticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre contratação internacional de trabalhadores.
Ao longo de três meses, uma equipe de pesquisadores visitará 16 países e territórios caribenhos — Belize, Guiana, Jamaica, Suriname, Trinidad e Tobago, Ilhas Turcas e Caicos e as ilhas sob domínio inglês da Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECS). Especialistas da OPAS reunirão-se com representantes dos Ministérios da Saúde, de hospitais, governos e organizações, bem como com clínicos gerais e grupos de atenção primária em saúde.
“A região logo enfrentará uma das carências mais críticas de sua história no mercado de trabalho dos profissionais de saúde, se não fizer nada para reverter a tendência à baixa imigração e os altos níveis de emigração dentro do Caribe inglês”, explica a coordenadora do Programa Sub-regional da OPAS para o Caribe Oriental, Jessie Schutt-Aine.
“A falta de oferta desses profissionais terá um impacto negativo na qualidade e na sustentabilidade dos sistemas de saúde, especialmente nas ilhas menores da região”, acrescentou a especialista.
A OPAS lembra que o problema também tem dimensões globais. Segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial, cerca de 40 milhões de novos postos de trabalho são necessários para atender às necessidades de saúde da população. Nas Américas, existe um déficit de 800 mil profissionais.
A assessora sub-regional da OPAS para recursos humanos, Erika Wheeler, acrescenta que “muitas pessoas optam por abandonar a região (do Caribe) em busca de melhores condições de trabalho, salários mais altos e mais segurança trabalhista”.
Onu
www.miguelimigrante.blogspot.com

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