terça-feira, 31 de outubro de 2017

Refugiado sírio tem diploma revalidado e sonha com futuro próspero no Brasil

Por meio de um projeto de revalidação de diplomas, a Associação Compassiva, parceira da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), possibilita que pessoas refugiadas tenham seus conhecimentos validados para que possam continuar estudando e conquistem empregos relevantes no país.
Salim, refugiado sírio (à esquerda), exibe seu diploma revalidado. A Associação Compassiva, parceira do ACNUR, trabalha para que refugiados tenham seus diplomas revalidados no Brasil. Foto: Compassiva/Divulgação
Salim, refugiado sírio (à esquerda), exibe seu diploma revalidado. A Associação Compassiva, parceira do ACNUR, trabalha para que refugiados tenham seus diplomas revalidados no Brasil. Foto: Compassiva/Divulgação
Salim é sírio e nasceu em Alepo há 35 anos. Em 2013, ele chegou ao Brasil, onde se sente em casa, graças à concessão de vistos especiais para as pessoas afetadas pela guerra em seu país.
Ele vive em São Paulo e já se acostumou com o ritmo frenético da cidade. Desde sua chegada, acessou diversas organizações da sociedade civil que prestam serviços e orientação às pessoas em situação de refúgio na capital. Uma destas organizações mudou sua vida ao abrir a porta para muitas possibilidades futuras.
“Sou muito grato ao Brasil, aos brasileiros e a quem trabalha nas organizações porque todos me ajudaram muito, de diferentes formas. Mas foi aqui, na Compassiva, que eu dei um importante passo para minha integração no país. Foi aqui que eu consegui revalidar o meu diploma”, disse.
Salim é formado em Engenharia de Computação e Informação, e para que pudesse ter um trabalho à altura de sua formação, a revalidação do diploma foi essencial. Este trabalho é resultado do projeto “Revalidação de Diplomas de Refugiados no Brasil”, promovido pela Associação Compassiva, uma organização parceira da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
A revalidação de diplomas é um importante instrumento para que pessoas refugiadas no Brasil possam exercer no país a profissão de sua área de formação, sendo este tema um dos principais desafios do processo de integração desta população.
“Aqui no Brasil eu já trabalhei em uma fábrica de jeans, no comércio de acessórios de para celulares, fui manobrista em um estacionamento. Foi difícil no começo, mas agora, trabalho em um escritório de advocacia com carteira assinada e muito respeito, num ambiente muito amigável. Quero seguir adiante, dar continuidade aos meus estudos aqui e crescer junto com o Brasil”, declarou.
Diplomas estrangeiros de cursos universitários precisam ser validados por uma universidade pública no Brasil para que sejam plenamente reconhecidos em todo o território nacional. Neste processo, pessoas em situação de refúgio enfrentam muitas dificuldades.
“No Brasil, o procedimento de revalidação de diplomas emitidos no exterior é regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC). O MEC concedeu autonomia para que as universidades públicas brasileiras determinem as condições para o processo de revalidação de diploma de graduação, mas não há um procedimento padrão: os valores são distintos e custosos, os documentos solicitados e os prazos divergem, além da maioria das provas serem aplicadas em português”, disse André Leitão, diretor da Compassiva, ressaltando os principais desafios deste processo.
Como resposta a crescente demanda por parte das pessoas refugiadas no Brasil, o ACNUR apoia a ONG Compassiva desde o início de 2016 em um projeto para prover assistência específica e sistemática à revalidação de diplomas.
Por meio deste projeto em parceria com o ACNUR, uma equipe da Compassiva presta atendimento individual aos refugiados que desejam ter seus diplomas reconhecidos. Em seguida, a organização verifica qual universidade pública tem cursos mais adequados ao perfil do refugiado, para submissão e acompanhamento do pedido de revalidação.
Além do apoio jurídico, o projeto prevê a possibilidade de auxílio financeiro para o pagamento das taxas de revalidação.
Desde 2016, a Compassiva já deu início a 57 processos, tendo revalidado 18 diplomas em diferentes cursos. Somente em 2017, já foram 12 diplomas revalidados dentre os 23 processos iniciados neste ano – a maioria dos requerimentos são de homens sírios e os cursos com mais diplomas revalidados são engenharia e ciência da computação, farmácia e química.
“É um processo detalhado, lento, oneroso, que exige muito diálogo e viagens, mas também muita satisfação quando as pessoas refugiadas conseguem aquirir algo que as farão estar mais integradas à sociedade brasileira. A revalidação de diplomas torna possível reconhecer os conhecimentos destas pessoas, valorizando-os por aquilo que são: seres-humanos que buscam dar continuidade aos seus sonhos”, disse Camila Suemi, advogada e coordenadora do projeto pela Compassiva.
Ao saber que teve seu diploma revalidado, depois de sete meses de espera, Salim mal conseguiu dormir naquela noite.
“O processo demorou, mas deu certo, enfim consegui ter o meu diploma revalidado. Foi uma conquista que mexeu muito comigo, não vi a hora do dia seguinte amanhecer para ter esse documento em mãos, nem consegui dormir. Fiquei muito feliz e passei a noite ligando para toda a minha família e amigos brasileiros”, disse Salim, com um largo sorriso no rosto.
O ACNUR espera que outras pessoas refugiadas também possam ter conquistas como estas. Com o apoio da Compassiva, refugiados têm a chance de olhar adiante e de enxergarem muitas oportunidades no Brasil.
Acnur
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Reencontro dos refugiados vietnamitas acolhidos na Casa do Migrante no final dos anos setenta



Depois da Guerra de Resistência contra a América, que durou de 1955 a 1975, muitos vietnamitas tiveram que fugir de seu país. Ao todo foram mais de 2 milhões. Lançavam-se em alto mar a bordo de pequeno botes à espera de resgate por navios estrangeiros. Foi neste contexto que em 1979, um grupo, de aproximadamente 40 pessoas, foi encontrado por um navio da Petrobras que os trouxe para o Brasil a pedido da ONU.


Domingo, 29 de outubro, foi realizado o reencontro destes vietnamitas e seus descendentes. Foi um momento de grande emoção. O seminarista scalabriniano, Nguyen Van Hoach, que está fazendo seu estágio pastoral na Missão Paz, organizou o encontro, nas dependências do seminário internacional João XXIII no Ipiranga, São Paulo.

Missão Paz 

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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

DPU repudia remoção forçada de venezuelanos da rodoviária de Boa Vista-RR

Foto: Alan Chaves/G1 RR)
Venezuelanos estavam  morando em barracas no entorno da rodoviária (Foto: Alan Chaves/G1 RR)

A Defensoria Pública da União (DPU) repudia a ação empreendida pelo Governo do Estado de Roraima na manhã do último sábado (28), que removeu forçadamente, sem qualquer comunicação prévia, cerca de 500 imigrantes venezuelanos da Rodoviária Internacional de Boa Vista-RR.
A ação militar que resultou na remoção compulsória das famílias foi realizada sem comunicação prévia às entidades governamentais e não governamentais que prestam apoio à população imigrante venezuelana em Boa Vista/RR.
O ginásio de esportes Tancredo Neves, local escolhido para abrigar os imigrantes, não apresenta condições adequadas ao alojamento, tais como acesso a água, energia elétrica e limpeza, o que evidencia que a medida adotada pelo Estado não contou com a necessária preparação ao acolhimento das pessoas.
A ação ocorreu na manhã seguinte ao encerramento da Missão Roraima, promovida pela DPU. Amplamente divulgado pela imprensa local, o projeto teve como um dos objetivos principais promover o atendimento e a educação em direitos dos imigrantes venezuelanos, assim como colher suas principais necessidades, com vistas à implementação de direitos e integração social no Brasil.
Qualquer iniciativa dessa natureza deve respeitar os tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é parte, bem como dos princípios democráticos e das garantias fundamentais estabelecidas na Constituição Federal. A DPU é manifestamente contrária a práticas de intolerância e repudia ações que visem à remoção forçada de imigrantes de qualquer local, sobretudo em casos como o presente, em que se utilizou do elemento surpresa como forma de impedir a adoção de medidas de proteção ao direito de liberdade do grupo e impediu a fiscalização quanto ao respeito aos direitos fundamentais básicos da população atingida. 
A Defensoria Pública da União defende a implementação de políticas públicas destinadas ao acolhimento e inclusão de migrantes, porém, de forma articulada, coordenada e harmonizada, sendo essencial que a sua formulação e execução ocorram a partir do diálogo e da participação social, especialmente com instituições públicas e entidades da sociedade civil que desenvolvam atividades voltadas ao atendimento dos grupos atingidos.
DPU
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Cuba muda política migratória


Cuba muda política migratória

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba anunciou, em Washington, uma série de mudanças na política migratória, a partir de 1 de janeiro próximo. Facilitar a entrada no país de pessoas radicadas noutros Estados e na obtenção da cidadania dos filhos de cubanos, nascidos no estrangeiro, são algumas delas. Trata-se de uma tentativa da ilha se abrir, face às tensões com os Estados Unidos:
“E por último, eliminar o registo para que os filhos de cubanos, residentes no exterior, que tenham nascido no estrangeiro, possam obter a cidadania cubana e ter os seus documentos de identidade. O governo dos EUA fecha-se, Cuba abre-se”, afirmou o chefe da Diplomacia cubana, Bruno Rodríguez.
A tensão entre os dois países tem vindo a aumentar. Os EUA ordenaram a partida de 15 funcionários da embaixada cubana em Washington, acusando Havana de falha na proteção dos diplomatas norte-americanos sujeitos, alegadamente, a misteriosos ataques sónicos. Cuba nega as acusações e fala em manipulação política “para prejudicar as relações bilaterais”.
Euronews
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sábado, 28 de outubro de 2017

Mais de 280 mil italianos deixaram o país em 2016


Cerca de 285 mil cidadãos deixaram a Itália em 2016, informou o "Documento de Estatísticas da Imigração", divulgado nesta quinta-feira (26) em Roma. Além disso, o relatório apontou que desde 2007 mais de dois milhões de imigrantes chegaram ao país, totalizando mais de cinco milhões de estrangeiros residindo na Itália. O número deixa a Itália em 9º

lugar entre as nações que mais registraram chegadas de imigrantes. Para a economia italiana, os imigrantes empregados geraram cerca de 127 bilhões de euros, ou seja, 8,8% do PIB do país em 2016. Entre as cidades que mais receberam imigrantes, Roma lidera abrigando quase 545 mil. Milão vem em seguida com quase 447 mil residentes provenientes de outros países. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (Istat), no ano de 2065, a Itália poderá ter mais de 14 milhões de imigrantes e 7,6 milhões de moradores com origens estrangeiras.

(ANSA)

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Peruanos em condições análogas às de escravo são libertados pela polícia em SP

Grupo de estrangeiros fazia mochilas e bolsas em fábrica de confecção em apartamento onde moravam na Luz (Foto: Reprodução/TV Globo)
A polícia libertou nesta sexta-feira (27) seis peruanos que eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão na rua São Caetano, na região da Luz, segundo informou o SP2. Eles viviam em um apartamento onde funciona uma oficina de confecção de bolsas e mochilas.
De acordo com o SP2, o casal dono do apartamento é peruano e também mora no local.

A denúncia chegou à polícia nesta tarde. O denunciante informou que trabalhava das 3h às 22h. No local, também trabalhava e vivia uma mulher grávida, que vive em um dos quartos com o marido. Eles dormiam em beliches.

Um dos imigrante é sobrinho dos proprietários do apartamento e trabalhava sem carteira assinada. 

Segundo o delegado que esteve no local, Júlio César dos Santos, as condições encontradas no apartamento são criminosas. "O lugar é sujo, é apertado. É possível afirmar que se trata de algo reprovável, muito assemelhado à situação do escravo", disse.

A polícia ainda vai fazer uma perícia no local. O trabalho escravo é um crime federal com pena prevista de até dois anos de prisão.

Na última terça-feira (24), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a portaria do governo que dificulta a fiscalização do trabalho escravo. A portaria estabelecia que o trabalho só pode ser considerado escravo quando for constatada "a submissão a trabalho exigido sob ameaça de punição, com uso de coação, realizado de maneira involuntária".
G1
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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Rondônia acolhe imigrantes e incentiva empreendedores


Rondônia é um dos estados mais jovens do Brasil. Tem apenas 35 anos e seu povoamento é marcado por constantes ciclos migratórios. Foi na década de 70 que ocorreu o mais intenso deles com incentivo do governo Federal em uma ação estratégica de promover a integração nacional. Ao longo das três décadas e meia, o Estado cresceu, evolui e o tão almejado desenvolvimento sustentável avança em uma construção coletiva.

Os olhos do país e do mundo continuam a se voltar para cá. E isso tem justificativa: Rondônia é considerada terra de oportunidades.  O Produto Interno Bruto (PIB), segundo a Superintendência de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Suder), se mantém crescente, mesmo com os contratempos na economia nacional.

O Estado possui 122.974 empresas ativas, segundo a Jucer, destas 486 possui proprietários, sócios ou diretores estrangeiros. Gente que saiu de longe para investir em Rondônia e hoje causam um impacto positivo na economia com a geração de emprego e renda.
Os principais ramos de investimentos dos empresários estrangeiros em Rondônia são comércio, construção civil; negócios agropecuários; transporte e logística; saúde; restaurantes e lanchonetes; telecomunicações e tecnologia da informação – TI; agências financeiras; mineração; hotelaria; energia; imobiliário, contabilidade e educação.
Eles são de origem afegane (9), alemã (8); andorrana (1); angolana (1); argentina (22); australiana (1); belga (4); boliviana (163); britânica  (3); cabo-verdiana (1), canadense (1); cazaque (1); chilena (8); chinesa (28); colombiana (4); cubana (9); dinamarquesa (3); egípcia (1); equatoriana (2); espanhola (31);
E ainda francesa (14); guatemalteca (1); guianense (1); haitiana (1); holandesa (1); indiana (11); inglesa (1); israelense (1); italiana (21); japonesa (25); jordaniana (4); libanesa (9); mexicana (9); nicaraguense (1); norte-americana (20); palestina (4); paraguaia (4); peruana (40); portuguesa (76); salvadorenha (1); síria (1); suíça (3); sul-africana (2); sul-coreana (2); território britânico no oceano índico (1); uruguaia (8) e venezuelana (6).
O italiano Cláudio Guastella está na capital de Rondônia há 15 anos onde mantém um restaurante de renome na gastronomia do Estado com geração de 25 empregos diretos e mais cerca de 20 indiretos. O estabelecimento fica em um dos primeiros bairros de Porto Velho, o Caiari. A escolha do lugar foi estratégica. Ele queria em um mesmo lugar valorizar o patrimônio histórico do Estado aproveitando um espaço que mantém a arquitetura das casas da época da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e ali colocar a essência italiana.

Ele conseguiu. O local se tornou aconchegante. Tem quadros que remetem à Itália, uma decoração que imita uma fachada de uma casa tipicamente italiana e um espaço subterrâneo que lembra as ruínas greco-romanas. A pizza é feita em forno italiano construído pelo pai de Cláudio, mas os ingredientes são da terra. Tomates, mussarela, tudo vem do agronegócio rondoniense.
Cláudio é da região da Sicília e conta que foi o fato da esposa ser de Rondônia que lhe motivou a fixar residência no Estado e aqui descobriu que se tratava de uma terra de oportunidade. ‘‘Como um italiano apaixonado pela cozinha percebi em Porto Velho a chance de ter um negócio no ramo de alimentação fora do lar que a cidade era carente, mas ainda na parte da culinária italiana’’, recorda.
Assim como ele encontrou espaço para viver e desenvolver seu negócio em Rondônia, Cláudio também acredita que outros também possam encontrar muitas oportunidades no Estado. ‘‘Enquanto algumas pessoas veem dificuldades, outros veem oportunidades de negócios. Em outros estados do Brasil já formados, estruturados, fica mais difícil, tem muita concorrência, aqui em Rondônia tem espaço para todo mundo, é só você descobrir aquilo que você é bom e explorar sua habilidade’’, avalia.
Cláudio também destaca que Rondônia é um estado receptivo para estrangeiros. ‘‘O Brasil é um país acolhedor e Rondônia mais ainda. Há muitas pessoas de outros países e outros estados. Então prevalece o sentimento de fazer amizade, de fazer família. O Estado me adotou e eu adotei o Estado. Me sinto rondoniense e tento dar minha contribuição para o desenvolvimento sustentável desse Estado. Eu fiz daqui o meu lar e não me arrependo’’, garante.
Atrativos
Rondônia não teve nenhum ano de crescimento negativo. Em 2015, o PIB cresceu 3,2% . Já em 2016, 4,7 %; e agora em 2017 apresentou um crescimento de 4,8%’. Segundo o superintendente da Suder, Basílio Leandro de Oliveira, esses resultados são reflexos de ações estratégicas como a contenção de despesa pelo governo e incentivo de fortalecimento do setor agrícola.
O Estado tem vocação para produção de alimentos. É líder na produção nacional em cativeiro de peixe em água doce, está entre os maiores estados brasileiros produtores de café, sendo o segundo maior produtor de café canéfora (conilon e robusta) no País. Tem ainda a maior produção de leite da região Norte e a 7ª maior do país. O rebanho ultrapassa 13 milhões de bovinos.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa da produção de grãos para a safra 2016/2017 em Rondônia é de 1,6 milhão de toneladas, principalmente soja e milho. O arroz deve alcançar uma produção de 134,6 mil de toneladas.
‘‘O mundo tem fome, principalmente os países asiáticos e europeus que não tem mais condição de aumentar a sua produção de alimentos, tem que migrar para outros países, um deles é o Brasil, e Rondônia se destaca como estado que tem elevado bastante a sua produção agrícola e pecuária’’, afirma o governador Confúcio Moura.
A Suder aponta outros motivos pelos quais o Estado atraiu e atrai até hoje gente de vários cantos do país e do mundo. Entre elas está a localização privilegiada em relação aos países andinos, bem no coração da América Latina, conta ainda com um modal hidroviário atraente devido o custo menor em relação ao rodoviário e já está com o porto alfandegado em funcionamento.
Durante a gestão do governador Confúcio Moura, as políticas de incentivo para instalação de empresas em Rondônia tem se fortalecido. Rondônia tem oferecido incentivos fiscais como do ICMS de até 85% para instalação de empresas, ICMS de frete e de energia até 50% e uma política de doação de terrenos, especialmente no distrito industrial.

Portal Amazonia

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CNBB manifesta "apreensão e indignação" com a política brasileira



Por meio de nota, divulgada nesta quinta-feira, 26, a presidência da CNBB manifestou mais uma vez sua apreensão e indignaçãocom a grave realidade político-social vivida pelo país, que afeta tanto a população quanto as instituições brasileiras. No texto, a entidade repudia a falta de ética que se instalou nas instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, “traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito”.
A Conferência criticou também a apatia e o desinteresse pela política, que cresce cada dia mais no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais. Apesar de tudo, a entidade diz que é preciso vencer a tentação do desânimo, pois só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania é capaz de purificar a política e a esperança dos cidadãos que “parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto”.
Confira, abaixo, a nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre o atual momento político
“Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido” (Is 1,17)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de seu Conselho Permanente, reunido em Brasília de 24 a 26 de outubro de 2017, manifesta, mais uma vez, sua apreensão e indignação com a grave realidade político-social vivida pelo País, afetando tanto a população quanto as instituições brasileiras.
Repudiamos a falta de ética, que há décadas, se instalou e continua instalada em instituições públicas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito. A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo Governo é uma afronta aos brasileiros. A retirada de indispensáveis recursos da saúde, da educação, dos programas sociais consolidados, do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), do Programa de Cisternas no Nordeste, aprofunda o drama da pobreza de milhões de pessoas. O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasileira é grave.
A apatia, o desencanto e o desinteresse pela política, que vemos crescer dia a dia no meio da população brasileira, inclusive nos movimentos sociais, têm sua raiz mais profunda em práticas políticas que comprometem a busca do bem comum, privilegiando interesses particulares. Tais práticas ferem a política e a esperança dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformadora e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pátria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País.
Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo. Só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados.
Chamados a “esperar contra toda esperança” (Rm 4,18) e certos de que Deus não nos abandona, contamos com a atuação dos políticos que honram seu mandato, buscando o bem comum.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, anime e encoraje seus filhos e filhas no compromisso de construir um País justo, solidário e fraterno.
Brasília, 26 de outubro de 2017
CNBB
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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Brasil ocupa 14º lugar em ranking de passaportes mais aceitos no mundo

O passaporte brasileiro é o "mais poderoso" da América Latina e Caribe e fica no 14º lugar no mundo, segundo a consultoria internacional Arton Capital.
Passaporte com mapa ao fundo
O ranking Passaport Index é feito com base nas restrições a cidadãos de cada nacionalidade e o número de países nos quais é possível entrarem sem visto - como muitas das posições são ocupadas por vários países, há mais do que 13 países à frente do Brasil na lista mundial.
Quem possui um passaporte brasileiro tem acesso livre a 144 países sem ter de apresentar um visto, mais do que os 143 países alcançados pelos passaportes da Argentina e do Chile, que estão em 15º na lista.
Em primeiro, como o "mais poderoso do mundo", está pela primeira vez um passaporte asiático: o de Cingapura, uma pequena nação do sudeste do continente.
Com acesso sem visto a 159 países, superou o passaporte alemão, que está agora em segundo, com 158 países.
Cingapura obteve esse feito graças ao Paraguai - o país sul-americano deu fim às restrições que impunha ao 5,6 milhões de cingapurianos.
"É um efeito das relações diplomáticas inclusivas aplicadas por Cingapura e pela eficácia de sua política internacional", disse em um comunicado Philippe May, diretor da Arton Capital na nação asiática.
Os passaportes 'mais poderosos'
PosiçãoPaísQuantidade de países que não exigem visto
1Cingapura159
2Alemanha158
3Coreia do Sul e Suécia157
4Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Japão, Noruega, Reino Unido156
5Áustria, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Suíça155
6Canadá, Estados Unidos, Irlanda, Malásia154
7Áustria, Grécia, Nova Zelândia153
8Islândia, Malta, República Checa152
9Hungria150
10Letônia, Lituânia, Eslováquia, Eslovênia, Polônia149
Fonte: Passport Index

Em terceiro, estão a Coreia do Sul e a Suécia, com acesso a 157 países sem necessidade de visto, enquanto o Afeganistão ficou novamente em último no ranking, com apenas 22 nações permitindo que seus cidadãos entrem livremente.
Enquanto Cingapura subiu, os Estados Unidos caiu no ranking, ocupando atualmente a sexta posição.
Segundo a Arton Capital, as novas políticas migratórias do presidente Donald Trump, em especial seu veto a imigrantes de sete países de maioria muçulmana, fez com que nações como Turquia e a República Centro-Africana a revogarem o acesso livre para americanos, fazendo seu passaporte perder posições desde que ele assumiu o cargo.
Os passaportes 'mais poderosos' da América Latina e Caribe
PosiçãoPaísQuantidade de países que não exigem visto
14Brasil144
15Argentina e Chile143
20Barbados136
22México132
23Bahamas131
25Uruguai129
30Peru123
Fonte: Passport Index

BBC BRAIL
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