sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Prêmios Nobel condenam medidas migratórias dos EUA

Várias reconhecidas figuras internacionais que participam da Cúpula Mundial de Prêmios Nobel pela paz, cuja sessões continuarão hoje nesta capital, condenaram as recentes medidasÂámigratórias adotadas pelo presidente estadunidense, Donald Trump.

O encontro, cuja abertura ontem contou com a presença de 20 Prêmios Nobel e que termina domingo no espaço deÂáCordería na capital, se concentrou na importância e implementação dos acordos de paz entre o governo colombiano e aÂáex-insurgenteÂáFARC-EP.

No entanto, como tema recorrente, surgiram também contínuas e duras críticas às políticas protecionistas do mandatário norte-americano, incluindo o repúdio ao suposto muro que ele pretende levantar na fronteira com o México.

TawakkolÂáKarman, do Iêmen, reconhecida com o prêmio em 2011, afirmou que as disposições migratórias do chefe da Casa Branca são um ato 'com fundo racista, que diferencia as pessoas por religião e países.' 

Tudo isso contradiz a democracia e as relações entre as grandes potências, ao descrimi narem os muçulmanos porque têm outra religião, agregou a lutadoraÂápacifista e pelas mulheres.

Dirigindo-se aÂáTrump, agregou que 'eles estão doentes, são viciados em buscar medo e temor nos demais; esse sentimento para eles está bem, isso faz com que se sintam grandes', advertiuÂáKarman.

No mesmo sentido, a norte-americana,ÂáJody Williams, prêmio Nobel 1997, disse que em Washington confundem a luta contra o terrorismo comÂáa disseminação do terror.

O terrorismo não é isso que dizem, que chegarão os árabes com bombas a matar todos nós; o terrorismo é do Estado queÂáinfunde medo, que concentra riqueza, que prefere investir em armas mais que na população, comentou Williams.

Isso é terrorismo e sinceramente nos Estados Unidos o medo não é pelo suposto terrorismo de fora, é porque as bombas quem vai terminar atirandoÂáé Trump, dimensionou.

Também fez referência às recentes medidas adotadas pelo presidente norte-americano, oÂáex-presidente costa-riquenseÂáOscarÂáArias, premiado em 1987.

OÂáex-mandatário tico expressou que o mundo está na expectativa de que pode acontecer 'no país mais poderoso do planeta, onde aÂáinsensatez, a xenofobia e o ódio têm crescido de uma formaÂáamedrontadora'.

Os Estados Unidos são um país onde a exclusão e o protecionismo comercial chegaram ao coração do Governo e também a muitos de seus cidadãos, afirmouÂáArias.

De acordo com diferentesÂápronunciamentos dos Prêmios Nobel da paz reunidos em Bogotá, este é o momento da união dos povos, de condenar a discriminação e de apoiar os refugiados para conseguir a paz mundial. 

Prensa Latina

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arc/fa/cc

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