sábado, 30 de julho de 2016

Mais de 2.700 latino-americanos são salvos de tráfico humano

Mais de 2.700 vítimas do tráfico de seres humanos na América Latina, incluindo adolescentes, foram libertadas graças a uma grande operação coordenada pela Interpol, informou nesta quinta-feira a organização de cooperação policial internacional.
Batizada de Operação Intercops - Spartacus III, a operação realizada em junho se concentrou inicialmente em três aeroportos suspeitos de serem centros de tráfico de seres humano: os aeroportos internacionais de Ministro Pistarini (Ezeiza) em Buenos Aires (Argentina), Guarulhos em São Paulo (Brasil) e El Dorado, em Bogotá (Colômbia), indica em um comunicado a organização com sede em Lyon (França).
A operação, realizada em cooperação com 25 países, incluindo Brasil, Argentina, Bolívia e Peru, permitiu realizar 134 prisões e desmantelar sete redes de crime organizado, acrescentou a Interpol.
O anúncio da operação acontece dois dias antes do Dia Mundial de Luta contra o Tráfico de Seres Humanos, em 30 de julho.
Entre as vítimas resgatadas, 27 adolescentes eram exploradas como prostitutas ou como mão de obra barata em diferentes países.
No Equador, várias meninas, que haviam sido contactadas via redes sociais, foram raptadas na porta da escola antes de serem drogadas e levadas para fora do país.
No Peru, cerca de 900 policiais também participaram de uma operação contra a escravidão sexual e o trabalho forçado na cidade mineradora de La Rinconada, libertando 190 mulheres e 250 homens e prendendo cinco suspeitos.
"Os efeitos desta operação em grande escala policial internacional vai muito além da América Latina, e coloca em evidência o valor da Interpol para ajudar a polícia dos países de origem, trânsito e destino (do tráfico de seres humanos) a trabalhar juntos para enfrentar as redes criminosas por trás do comércio de pessoas", declarou Tim Morris, diretor executivo da Interpol para os serviços de polícia, no comunicado.
"Este é apenas um exemplo do trabalho da Interpol na luta contra o tráfico de pessoas que afeta todas as regiões do mundo", ressaltou Morris, acrescentando que a organização "garante que as polícias locais vão ter o treinamento e as ferramentas necessárias para identificar rotas, prender criminosos e resgatar as vítimas".
Esta ampla operação permitiu desmantelar a rede "Paniagua" na Colômbia, onde centenas de mulheres e meninas eram transferidas da América Latina para a China.
A organização, liderada por uma mulher colombiana e seu filho de 34 anos, prometia às suas vítimas uma vida melhor em Guangzhou. Forneciam documentos falsos, passagens de avião e alojamento.
Uma vez na China, essas mulheres eram transformadas em escravas sexuais.
Na operação também foi preso o venezuelano Johnny Cordero Eliexer Belisario, de 32 anos, que era alvo de um alerta das autoridades da República Dominicana por crimes de tráfico e exploração sexual.
Ele é suspeito de ter enganado centenas de mulheres na Venezuela e Colômbia para viajar para a República Dominicana, onde eram forçadas à prostituição.
Em 2012 e 2014, as operações Spartacus I e II resultaram no resgate de mais de 1.000 vítimas.
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Tráfico de pessoas aproveita vulnerabilidade de migrantes e refugiados

O tráfico de pessoas é um crime parasita que se alimenta da vulnerabilidade, prospera em tempos de incerteza e lucra com a inação, alertaram oficiais das Nações Unidas nesta sexta-feira (29), às vésperas do Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas (30).
Tráfico de pessoas é o terceiro crime mais lucrativo do mundo, depois do tráfico de drogas e de armas. Foto: ONU
Tráfico de pessoas é o terceiro crime mais lucrativo do mundo, depois do tráfico de drogas e de armas. Foto: ONU
O tráfico de pessoas é um crime parasita que se alimenta da vulnerabilidade, prospera em tempos de incerteza e lucra com a inação, alertaram oficiais das Nações Unidas nesta sexta-feira (29), às vésperas do Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas (30).
De acordo com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os traficantes visam aos mais desesperados e vulneráveis. Segundo ele, para acabar com essa prática desumana, “precisamos fazer mais para proteger migrantes e refugiados — particularmente jovens, mulheres e crianças — daqueles que exploram sua esperança por um futuro mais seguro e mais digno”.
“Precisamos administrar a migração de forma segura e baseada em direitos, criar caminhos suficientes e acessíveis para a entrada de migrantes e refugiados, e combater as origens dos conflitos — a pobreza extrema, a degradação ambiental e outras crises que forçam pessoas a atravessar fronteiras, oceanos e desertos”, disse o secretário-geral.
Para o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, enquanto a comunidade internacional luta contra a maior crise de refugiados e migrantes desde a Segunda Guerra Mundial, traficantes de pessoas e de migrantes estão tirando vantagens da miséria para obter lucro.
Segundo ele, criminosos se aproveitam de pessoas passando por necessidade e sem apoio, e veem migrantes, especialmente crianças, como alvos fáceis para exploração, violência e abuso. Além disso, conflitos armados e crises humanitárias expõem pessoas presas no fogo cruzado a um maior risco de serem traficadas para exploração sexual, trabalho forçado, remoção de órgãos, servidão e outras formas de exploração, declarou.
Enquanto nem todos os migrantes são vulneráveis a serem traficados, o próximo Relatório Global do UNODC sobre Tráfico de Pessoas 2016, que será divulgado ainda este ano, identifica um padrão claro ligando migração não documentada a tráfico de seres humanos.
“Alguns fluxos migratórios aparecem particularmente vulneráveis ao tráfico de pessoas. Cidadãos de Honduras, Guatemala e El Salvador representam cerca de 20% das vítimas detectadas nos Estados Unidos, enquanto os fluxos de migração legal desses países representam cerca de 5% do total. Padrões similares são encontrados na Europa Ocidental, onde cidadãos do Sudeste Europeu respondem por uma grande parte das vítimas.”
O relatório do UNODC também enfatizará as ligações entre tráfico de pessoas e fluxos de refugiados de países como Síria e Eritreia, assim como refugiados de Myanmar e Bangladesh.
“Nós claramente precisamos fazer mais para acabar com o tráfico de pessoas como parte de uma resposta coordenada e abrangente para a crise de refugiados e os continuados desafios migratórios que enfrentamos no mundo todo”, declarou.
“Chamo os governos para ratificar e efetivamente implementar a Convenção da ONU contra o Crime Organizado Transnacional e seus protocolos sobre tráfico de migrantes, para ajudar e proteger as vítimas e os direitos dos migrantes, e promover a cooperação internacional necessária para levar os criminosos à Justiça.”
Segundo o chefe do UNODC, ao fortalecer a ação sob os protocolos, podemos reforçar a proteção das crianças, mulheres e homens vulneráveis, e ajudar a promover a segurança e dignidade dos refugiados e migrantes em todos os estágios de sua jornada.

Defensoria promove concurso de redação sobre o tema

A Defensoria Pública da União (DPU) lançou na quarta-feira (27) seu segundo concurso de redação com o tema “Tráfico de pessoas — Diga não!”, aberto a participantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas, inclusive na modalidade jovens e adultos.
Escolas que tiverem interesse em participar podem fazer sua inscrição pelo site da DPU (clique aqui), sendo que o prazo final para que cada escola envie o material dos alunos concorrentes é 5 de setembro.
Para o representante do escritório de ligação e parceria do UNODC no Brasil, Rafael Franzin, o concurso é uma oportunidade para que a prevenção ao tráfico de pessoas seja levada a todo o país. “Em nível global, nossos últimos relatórios apontaram um crescimento no número de crianças traficadas,” disse. “Por isso, é importante promover o tema nas diversas faixas etárias.”
No Brasil, o UNODC trabalha na área do tráfico de pessoas desde 2002 e implementa, em parceria com o governo, a Campanha Coração Azul de prevenção ao tráfico de pessoas, que conta com Ivete Sangalo como embaixadora da Boa Vontade.
As Nações Unidas definem o tráfico de pessoas como o “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, rapto, fraude, engano, abuso de poder ou uma posição de vulnerabilidade ou dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração”
0NU
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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Expresidente Lagos pide cumbre centroamericana sobre migración, drogas y paz

El expresidente chileno Ricardo Lagos (2000-2006) apeló hoy al espíritu de los acuerdos de Esquipulas, que condujeron a la paz en Centroamérica, para salvar a la región de la violencia y la exclusión social, y reclamó una nueva cumbre regional sobre migración, narcotráfico y seguridad.
Estos tres temas, aseguró durante su intervención en el VII Foro Regional Esquipulas en Guatemala, son “cruciales” para América, una región que necesita “hablar con una sola voz” para abordar su papel en el mundo.
La celebración de un “Esquipulas III”, en alusión a la ciudad donde hace 30 años se firmaron los acuerdos con ese nombre, que marcaron el inicio de la pacificación en Centroamérica, sería un punto de inflexión para una zona del mundo que tiene en la migración a uno de sus grandes retos históricos.
Quien “quiere migrar tiene derechos a migrar”, expuso como principio básico el exlíder chileno, abogado y economista de profesión.
Lagos alertó de los peligros del auge del nacionalismo y el populismo, una amenaza reflejada en la nominación de Donald Trump como candidato republicano a la Presidencia de Estados Unidos: si se construye el muro que el magnate viene prometiendo para frenar la migración, “todos seremos mexicanos”, indicó.
Es imprescindible una voz única para “responder a los muros con puentes”, sentenció Lagos.
El exmandatario chileno insistió a lo largo de su discurso en el foro “Resignificando la Paz y la Democracia para el Desarrollo y la Justicia social” en la imperiosa necesidad de un enfoque regional frente a los problemas internacionales: la droga que se produce en América Latina se consume en Estados Unidos y Europa.
La violencia es el tercer eje de este enfoque panamericano, ya que aunque la región afronta un “fin de ciclo” iniciado en Esquipulas en 1986 y que terminará con la firma de la paz de Colombia, todavía quedan muchos retos internos que solucionar para los cuales Lagos apremió a transformar el modelo económico para reducir la desigualdad.
En su intervención, el expresidente chileno situó al cambio climático como el gran reto de la humanidad para los próximos años y reconoció la necesidad de un cambio en la relación entre los políticos y la sociedad motivado por la transformación tecnológica: “La red es la nueva plaza de Atenas”.
Por ello, es necesario alcanzar un “equilibrio entre participación y representación” en un modelo que permita al gobernante “escuchar” al pueblo, sostuvo. 
EFE

Casos de tráfico humano mais registados em Portugal são de exploração laboral

A sociedade também tem de "estar alerta" e denunciar este crime público, alerta a diretora do Observatório do Tráfico de Seres Humanos
Os casos de tráfico de seres humanos mais registados em Portugal estão relacionados com a exploração laboral, nomeadamente no setor agrícola, disse à Lusa a diretora do Observatório do Tráfico de Seres Humanos (OTSH).
“Em Portugal, como noutros países, o que tem sido mais registado e também mais identificado é o tráfico para fins de exploração laboral, nomeadamente no setor agrícola”, disse Rita Penedo, em entrevista à agência Lusa, a propósito do Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas, que se assinala no sábado.
A diretora do OTSH, Rita Penedo, explicou que, pelo próprio ‘modus operandis’ deste tipo de exploração laboral, o número de vítimas é “quantitativamente maior”, comparativamente a outras formas de exploração.
O relatório do OTSH, relativo a 2015, refere que 65% das situações de exploração laboral ocorrem sobretudos em áreas rurais, e que a maior parte das vítimas portuguesas no estrangeiro são exploradas na agricultura (48 casos em 2015).
No ano passado, foram sinalizados, em Portugal, 193 casos suspeitos de vítimas de tráfico de seres humanos (menos quatro face a 2014), 135 dos quais relativos a situações detetadas em Portugal e 58 a portugueses no estrangeiro, informa o documento.
“Estamos a falar de um crime que, do ponto de visto quantitativo, não é representativo, mas não é por isso que é menos importante, até porque a questão das cifras negras neste crime pode ter alguma expressividade”, disse a diretora do observatório, tutelado pelo Ministério da Administração Interna.
Sobre o modo de recrutamento utilizado pelos traficantes, Rita Penedo explicou que são de vários tipos, desde anúncios, através de familiares ou pelo método “passa a palavra”, utilizado para fins de exploração laboral, em que a vítima involuntariamente acaba por recrutar outras vítimas.
“Em regiões mais carenciadas ou com situações de exclusão social e taxas desemprego mais elevadas, a vítima pode conhecer familiares, amigos, vizinhos e involuntariamente” recrutá-los para situações de tráfico, explicou.
Em Portugal e noutros países, como Espanha e Roménia, são, por vezes, estruturas mais familiares a fazer o recrutamento “e não propriamente redes de crime organizado transnacional”, observou.
Para Rita Penedo, a prevenção “é muito importante” para prevenir estes casos e evitar que as vítimas, depois de resgatadas, voltem a cair nestas redes, quando regressam aos seus locais ou países de origem.
“O retorno assistido” tem de ser “ainda mais consolidado e robustecido”, porque as “situações de desespero levam, às vezes, que a pessoa tente novamente a sorte”.
Apesar das autoridades fazerem a avaliação de risco, “as vítimas fazem a sua própria avaliação e a sua própria análise e, por vezes, aquilo que lhes é pago, é dinheiro” nos locais onde vivem e voltam à condição de vítima.
Para a responsável, a formação contínua dos profissionais que estão no terreno é essencial para saber reconhecer o crime e lidar com as vítimas. Mas a sociedade também tem de “estar alerta” e denunciar este crime público, como já acontece com as situações de violência doméstica.
“Em relação ao tráfico, ainda está um pouco apartada”, porque acha que estes casos só acontecem aos estrangeiros, disse Rita Penedo.
Mas, frisou, “é indiferente” se acontece a estrangeiros ou a portugueses. “São pessoas e isto é um crime contra a liberdade pessoal, é uma grave violação dos direitos humanos. É importante fazer esta sensibilização”. É preciso também reforçar o conhecimento que se tem sobre o fenómeno para “melhor intervir, melhor apoiar, melhor condenar e prevenir”.
Observador
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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Refugiados transformam muros em obras de arte em bairro iraniano


Até recentemente, as pichações e os problemas causados devido ao despejo inadequado do lixo geravam tensões sociais entre iranianos e afegãos no bairro de Saadi, localizado na cidade de Shiraz, no Irã. Agora, graças às atuações da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o governo do Irã, refugiados e a comunidade local se uniram para transformar a comunidade em um lugar mais colorido e harmonioso.

Assim como em outras regiões do Irã, o bairro de Saadi abriga muitos refugiados do Afeganistão. Antes do projeto de requalificação, as más condições de saneamento básico causavam desavenças na vizinhança. “As hostilidades viraram rotina entre iranianos e afegãos – tanto verbalmente como em pichações – eles culpavam uns aos outros devido aos problemas que enfrentavam diariamente”, lembra Alex Kishara, chefe do escritório do ACNUR em Shiraz.


Com o objetivo de promover o empoderamento dos residentes, o ACNUR e o governo iraniano reuniram artistas locais e mais de 60 voluntários da comunidade para desenvolver e implementar um projeto de transformação por meio da arte.
A comunidade iniciou o trabalho de recolhimento do lixo jogado pelas ruas e transformou as mensagens de ódio, gravadas nos muros, em surpreendentes e coloridos painéis de arte. Dois artistas – um iraniano e um afegão – e cinco estudantes de artes trabalharam com as crianças para desenvolver o projeto e oferecer orientação artística durante uma semana de pintura.

As mensagens ofensivas foram rapidamente substituídas por muros habilidosamente decorados com motivos iranianos e afegãos, simbolizando uma harmonia compartilhada. Alireza, de 13 anos, um dos participantes, pintou em seu muro favorito uma árvore frondosa com grandes galhos ao lado de uma frase persa que dizia: “os filhos de Adão são parte um do outro e foram criados a partir de uma mesma essência”. Um voluntário iraniano se ofereceu para pintar alguns rostos e um médico afegão ainda ofereceu avaliações gratuitas de saúde.


 Um grupo de voluntárias locais fazem uma pausa para descansar embaixo de um dos muros pintados. © ACNUR / S. Maleki

Em um primeiro momento, alguns membros da comunidade mostraram ceticismo e criticaram o projeto dizendo que o mesmo estava “fadado ao fracasso” ou que era “uma perda de tempo e dinheiro”. No entanto, os trabalhos artísticos começaram a despertar tanto interesse que logo várias pessoas começaram a participar. “Foi necessário comprar mais material quando os moradores, antes hesitantes, empolgaram-se para participar e ver suas próprias paredes pintadas também”, disse Sharifi, um artista e designer afegão.

O projeto estabeleceu um novo senso de comunidade entre afegãos e iranianos. Aqueles que não participaram diretamente da pintura das paredes foram para as ruas oferecendo refrescos e comidas para os voluntários. “O que é uma boa cidade? ”, perguntou retoricamente Alireza durante uma das rodas de conversa que aconteceu com a participação de crianças naquela semana. “Uma boa cidade é aquela composta por bons cidadãos”.

O projeto também amenizou algumas questões relacionadas a proteção dos refugiados. Mohammad, um jovem afegão de 13 anos que ficou órfão recentemente, retornou para Saadi depois que se desentendeu com seus irmãos. Ele se envolveu no projeto e revelou um grande talento criativo, cujas habilidades foram notadas por Sharifi. Agora ele conseguiu ingressar gratuitamente no Instituto Sepid de Artes.

O Irã tem mostrado grande generosidade ao acolher quase 1 milhão de refugiados durante uma crise prolongada que já dura quase 40 anos. Com o apoio do governo e do ACNUR, projetos como este, liderados pela comunidade, vão continuar servindo como exemplo de integração e cooperação.

Por Leah Cowan, Irán 

Onu

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La trata de personas, un sometimiento a esclavitud que vuelve a las personas mercancías.

La trata de personas un delito de lesa humanidad. Así lo afirmaba el Papa Francisco -al igual que su amado predecesor, el Papa Emérito Benedicto XVI-, al dirigirse a la Cumbre Internacional de Jueces y Magistrados contra el tráfico de Personas y el crimen organizado, en la Casina Pío IV el pasado 3 de junio.
En esa ocasión el pontífice remarcó  que la trata y el tráfico de personas y las nuevas formas de esclavitud, tales como el trabajo forzado, la prostitución, el tráfico de órganos, el comercio de la droga, la criminalidad organizada, son crímenes de lesa humanidad que deben ser reconocidos como tales por todos los líderes políticos, religiosos y sociales, y plasmados en las leyes nacionales e internacionales.
Precisamente sobre estos crímenes de lesa humanidad, habla el presbítero Sergio Augusto Navarro, Religioso y Sacerdote Argentino de la Orden de la Merced, ante el micrófono de Alejandro Frías de Radio San Roque González de Santa Cruz 570 AM, de Paraguay:

¿Trata y tráfico de personas son sinónimos?

R. No, no son sinónimos porque el tráfico supone atravesar una persona o un grupo de personas, una frontera, y es ilegal cuando el estado que recibe a los migrantes no ejerce su derecho de soberanía de regular las migraciones. Hay un delito contra el derecho del estado de regular las migraciones. En cambio la trata de personas es el sometimiento a esclavitud con fines de explotación sexual o laboral o el tráfico de órganos. En ese sentido, no son sinónimos porque puede haber trata sin tráfico o tráfico sin trata.

¿Cómo funciona la trata de personas?

R. Generalmente se da la captación de la víctima por parte de organizaciones del delito, o a veces son los mismos familiares quienes entregan a víctimas de trata.
El traslado puede ser dentro el propio país o atravesando una frontera – con lo cual ya hay tráfico. El lugar de acogida o de recepción puede ser, según la finalidad, un taller clandestino, un prostíbulo, o un lugar donde se puedan hacer cirugías para el tráfico de órganos. Esos son algunos de los elementos fundamentales.
La captación puede ser por engaño, por secuestro, por amenaza, pero también con el consentimiento de la víctima, que se da en ocasiones por convencimiento de familiares, novios, amigos. Por eso la situación de las víctimas es una situación de vulnerabilidad, de pobreza, de marginalidad, de exclusión, y a veces se da por otras razones que convierten a las personas en vulnerables más allá de la pobreza. Hay víctimas de trata que están en buena situación económica pero por desintegración o violencia familiar, también viven la situación de vulnerabilidad.

¿Por qué no hay cifras exactas?

R. Sucede que de lo que se denuncia, es poco lo que se termina logrando en relación a la persecución del delito. Hay cifras que no siempre reflejan la realidad. Se sabe que hay miles, millones que están en situación de sometimiento a esclavitud, la certeza es que según investigaciones, después del tráfico de armas y del tráfico de drogas, es el tercer negocio ilegal de recaudación de dinero.
Además es difícil lograr cifras claras porque las víctimas no siempre denuncian, tal como sucede con los niños soldados, o las personas que trabajan como empleadas domésticos. Las personas no siempre acuden a la justicia, a la policía o al estado, para que resuelva el problema.

¿Un mensaje en el Año de la Misericordia?

Cuando se mercantiliza la vida humana estamos viviendo un síntoma de degradación y de inhumanidad que no le hace bien a nadie: nadie sale ganando con la trata de personas, ni siquiera los tratantes. Por eso apelamos a la conciencia de una humanidad que busque en Dios un motivo de esperanza, y en la misericordia de Dios, aun la posibilidad de entablar redes y del perdón, porque también hay que considerar esto: están las víctimas, están los victimarios y hay que lograr la reconciliación entre todos.“Que María de la Merced ilumine a todos los que nos escuchan y nos ayude a realizar redes que liberen”.

(Griselda Mutual – Radio Vaticano)

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Santa Catarina terá centro estadual de apoio a imigrantes

Até o final de agosto deverá implantado em Florianópolis o primeiro Centro de Referência para Imigrantes e Refugiados de Santa Catarina, segundo a Secretaria de Estado de Assistência Social. O atendimento será feito no Terminal Rita Maria, no Centro da capital.

Segundo o governo do estado, foi aberto há uma semana um edital para que uma entidade seja escolhida para administrar o local. A previsão é de que a escolha ocorra em no máximo 30 dias, com início imediato dos trabalhos.
A entidade escolhida vai receber R$ 1,03 milhão para gerenciar o local por dois anos. Nas duas salas reservadas no terminal, o imigrante que estiver no estado poderá receber suporte psicológico, informações sobre as leis de imigração e ajuda com documentação.
Desde janeiro, Santa Catarina já tem em caixa o dinheiro depositado pelo governo federal  para o centro. O estado diz que até agora não tinha encontrado um espaço público ideal para a prestação de serviço.
“Nós tinhamos a necessidade de identificar o melhor local para fazer este centro de referência e acho que a nossa espera foi válida e pertinente”, diz o secretário estadual de Assistência Social, Geraldo Althoff.
Trabalho com imigrantes é voluntário no estado
Hoje, todo o trabalho de auxílio a imigrantes é feito voluntariamente no estado. Na capital catarinense, um dos locais de apoio é a Pastoral do Imigrante, que trabalha com dificuldades. O local já chegou a atender 100 imigrantes por dia.
“Agora estamos com uma média de 50, 60 por dia. É muita gente pra atender de forma conveniente num ambiente pequeno e com recurso da boa vontade do coração desses jovens que nos ajudam”, disse o padre Joaquim Roque Filippin.
Fonte: G1 SC
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É preciso cautela com relação entre terrorismo, imigração e Estado Islâmico, diz especialista

Especialista em política internacional , o pesquisador Dawisson Belém Lopes, critica o que vê como conexão forçada entre o Estado Islâmico e os ataques terroristas sofridos pelos países da Europa e Estados Unidos, nos últimos meses. Professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, Dawisson também pede cautela na associação entre imigrantes e ataques e chama a atenção para a bola de neve entre exposição midiática e proliferação de ataques. O especialistas ainda descarta riscos de ataques para o Brasil para além do período olímpico.
A perda de território do Estado Islâmico pode ser encarada como o principal motivo do aumento de ataques?
A gente tem que ter cuidado com essa denominação Estado Islâmico, que acaba servindo de guarda-chuva para muita coisa. Há vários grupos que não têm relação orgânica com o Estado Islâmico e têm reivindicado relação. O ponto é que o Estado Islâmico talvez não tenha essa capacidade de agência e coordenação dos ataques, como vem sendo colocado. Ele é um rótulo meio frouxo. É difícil ver uma cabeça estratégica. O Estado Islâmico é "muita coisa", uma unidade meio frouxa – não se consegue explicar onde ele começa e onde termina. Não se sabe exatamente o que ele é e tem gente tentando capitalizar essa identidade. É um desafio para nós, analistas, entender o que está acontecendo. Um desafio metodológico.
Outro ponto levantado como causa dos ataques é o aumento imigração para a Europa. Ela de fato contribui para o problema?
Acho que há uma associação apressada entre terrorismo e imigração. Não a faria, também. Alguns dos casos recentes de ataque na Europa foram feitos por cidadão nacionais, por belgas, franceses. Embora a associação entre imigrante e perturbação social seja a associação feita, por exemplo, pelos defensores da separação do Reino Unido, é preciso cuidado para não se reforçar o discurso de xenofobia e o radicalismo de extrema direita contra os imigrantes. Discurso muito presente no caso da separação do Reino Unido da União Europeia e na ascensão do republicano Donald Trump, nos Estados Unidos, por exemplo.
Então, o que ajuda a explicar esse aumento de atentados no Ocidente?
Eu realmente acho que existe uma relação muito direta e cada vez mais notória entre a cobertura que a grande imprensa faz dessa barbárie e a exploração mediática que os grupos fazem desses eventos. Os grupos se fazem da repercussão dos atos e têm utilizando esses meios para conseguir uma propaganda cada vez maior. Eles descobriram essa estratégia nos anos 1990 e têm a utilizado de uma forma cada vez mais forte. E é preciso lembrar que continua havendo muitos atentados no Oriente Médio e na África que não são notificados ou são subnotificados.
Mas há um aumento de ataques na Europa.
Os Estados Unidos eram as grande vítimas da década passada, o 11 de setembro foi o grande marco da década passada. Mas a Europa passou a ser o centro do alvo. E a França, até pela relação com as suas ex-colonias, representa o bastião da ameaça à cultura islâmica.
A França se tornou o foco desses ataques à Europa. Essa questão colonial determina os ataques?
Há um certo rancor colonial que ajuda a entender o fato de a França ter se tornado o centro dos ataques. Mas há vários fatores envolvidos, como a centralidade simbólica do país, no coração da Europa, a sua relativa riqueza... A França virou um reduto de islamitas e a há um choque dessas concepções islâmicas com as concepções de vida da cultura ocidental, que naquele país é muito evidente. Esse choque passa por questões como a legislação sobre a proibição do uso do véu islâmico, por exemplo.
Diante da difusão de atores envolvidos, a estratégia de se combater o terrorismo com guerras é a mais adequada?
Não é. Mas ao mesmo tempo é necessário dar uma resposta à opinião pública. Me imagino na pele do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. É preciso dar alguma resposta para a opinião pública. E tem que responder, mostrar força ao inimigo. Mesmo que, no limite, o inimigo seja incerto, um inimigo volátil, que some, desaparece: tem gente reivindicando ataque em toda parte do mundo. É difícil, complicado. Essa tática de fazer guerras convencionais, eleger um inimigo, é muito complicada. É uma guerra não convencional e guerras não-convencionais levam a resultados não convencionais.
Alguns especialistas falam que, a longo prazo, a diminuição dos riscos só viria com o estímulo da Europa ao desenvolvimento econômico e social do norte da África e do Oriente Médio. Como o senhor avalia essa proposta?
Essa solução de que as regiões cresçam seria a ideal, mas é de difícil operacionalização. Enquanto houver tanto diferença e desigualdade será muito difícil. Seria preciso alguma distribuição melhor de recursos. A sensação de desigualdade tem alguma relação com o momento que vivemos. Diálogos intercivilizacionais são importantes e alguns países têm feito isso melhor que outros. A minha impressão é que a estratégia mais equivocada é a excludente, a da separação – o que o Reino Unido fez na Europa, o muro que do Trump propõe para dividir o México dos Estados Unidos. Tudo isso, no fundo, tem relação.
E há riscos de ataques ao Brasil?
Durante os Jogos Olímpicos é possível alguma coisa acontecer no Rio de Janeiro. Eu não desconsideraria. Voltando ao início da conversa, as Olimpíadas são o tipo de momento em que a comunhão da grande imprensa com o terrorismo pode acontecer. E o Brasil não está tão preparado para fazer contraterrorismo. Mas tirando essa ocasião, não vejo motivo para o Brasil estar em rota de ataques. É um país com certa tradição de congregar povos, com certa tolerância entre etnias e nações.
Hoje em Dia
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terça-feira, 26 de julho de 2016

Três milhões de pessoas por semana migram para centros urbanos

Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) participou de seminário regional para América do Sul sobre papel das prefeituras na inclusão social de migrantes em cidades. Urbanização na Colômbia foi um dos destaques.
Urbanização na América do Sul é particularmente intensa. No Brasil, grandes centros como São Paulo (foto) e Rio de Janeiro registram alta concentração de habitantes. Foto: Fotos Públicas / Paulo Pinto
Urbanização na América do Sul é particularmente intensa. No Brasil, grandes centros como São Paulo (foto) e Rio de Janeiro registram alta concentração demográfica. Foto: Fotos Públicas / Paulo Pinto
Reunidos no Chile em seminário que contou com a participação do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), representantes da sociedade civil, de governo nacionais e da academia debateram até a última quinta-feira (21) o papel dos municípios na inclusão de migrantes que decidem viver em centros urbanos.
Atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas por semana migram para cidades, principalmente em países em desenvolvimento. O contingente de pessoas morando em zonas urbanas — 3,4 bilhões de pessoas em 2009 — já representa mais de 51% da população mundial.

Direito à cidade está
entrelaçado fundamentalmente
aos fenômenos migratórios.

Até 2050, o número de moradores de cidades deve chegar a 6,3 bilhões. Na América Latina e Caribe, as cidades já abrigam cerca de 80% da população total da região.
Ao longo do evento, experiências em municípios diversos do Chile, Brasil, Equador, Argentina e Uruguai foram discutidas com base nos desafios envolvendo os direitos humanos de migrantes e as responsabilidades das prefeituras.
Especialistas destacaram que a América do Sul observa um processo de urbanização particularmente intenso na maioria de seus países, com uma alta concentração demográfica em grandes cidades, como Buenos Aires, Rio de Janeiro, Bogotá, Lima, Quito, Santiago e São Paulo — que adotou recentemente uma lei própria sobre migração e refúgio.
Durante os debates, o coordenador de desenvolvimento de projetos do ONU-HABITAT no escritório regional da agência em Bogotá, Roberto Lippi, ressaltou a necessidade de reduzir as desigualdades e a pobreza em contextos urbanos e de adotar modelos econômicos mais sustentáveis.
“São estes os temas que nos reúnem neste seminário, uma vez que o direito à cidade está entrelaçado fundamentalmente aos fenômenos migratórios — tanto os da cidade, como de seu entorno territorial e em escala nacional e internacional”, explicou Lippi, que enfatizou a importância da Nova Agenda Urbana que está sendo elaborada pela comunidade internacional.
O seminário também contou com discussões sobre situações de emergência em áreas urbanos e as vulnerabilidades de migrantes em casos de crise. Episódios no Equador, Bolívia, Paraguai e Colômbia estavam entre as pautas.

O caso colombiano

Crianças colombianas internamente deslocadas. Foto: ACNUR / S.Rich
Crianças colombianas internamente deslocadas. Foto: ACNUR / S.Rich
Lippi explicou que, nos últimos 50 anos, o processo de urbanização da Colômbia foi marcado por três grandes fenômenos — o deslocamento forçado por diferentes conflitos internos, a pobreza rural associada ao êxodo de agricultores e a explosão demográfica observada essencialmente entre as populações urbanas.
“Consolidaram-se 41 cidades com mais de 100 mil habitantes e quatro com mais de 1 milhão, Bogotá, Medellín, Cali e Bucaramanga”, explicou o representante do ONU-HABITAT.
Hoje, três em cada quatro colombianos vivem em centros urbanos e 85% do Produto Interno Bruto (PIB) do país vem das cidades.
Onu
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Assembleia Geral aprova integração da OIM no sistema da ONU

A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou nesta segunda-feira, por unanimidade, uma resolução que torna a Organização Internacional para Migrações (OIM) parte do sistema da ONU como instituição relacionada.
Em nota à imprensa, o diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, afirmou que este é um "dia histórico" não só para a instituição e para a ONU, mas para "migrantes e suas famílias ao redor do mundo".
Swing declarou que o mundo passa por um momento de "tragédia e incerteza". Para ele, esse acordo mostra "o compromisso dos Estados-membros com uma migração mais humana e ordenada que beneficie a todos" e onde se possa "celebrar os seres humanos por trás dos números".
A OIM é uma organização intergovernamental com mais de 9,5 mil funcionários e 450 escritórios em todo o mundo. Em 2015, a instituição ajudou 20 milhões de migrantes. Em dezembro deste ano, a agência completa 65 anos.
Segundo a resolução adotada, a ONU e a OIM concordam em cooperar, dentro de seus respectivos mandatos, e fazerem consultas sobre questões de interesse e preocupação mútuos.
William Lacy Swing ressaltou que a OIM tem trabalhado com a ONU desde a sua fundação e agora, "se tornando parte da família das Nações Unidas", a agência terá "voz vital" para defender migrantes e seus direitos em todo o mundo.
A medida desta segunda-feira abre caminho para o acordo que será assinado entre Swing e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Cúpula das Nações Unidas sobre refugiados e migrantes em 19 de setembro.
O encontro vai reunir Estados-membros da ONU para discutir grandes movimentos de refugiados e migrantes e uma abordagem mais coordenada e humana.
A OIM recebeu o status de Observador Permanente na Assembleia Geral da ONU em 1992 e um acordo de cooperação foi assinado em 1996.


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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Imigrantes protestam na Sérvia contra fechamento de fronteiras da UE

Um grupo de imigrantes e requerentes de asilo que partiu há dois dias em uma marcha de protesto em direção a Hungria alcançou a fronteira com o estado membro da União Europeia neste domingo, dizendo que quer perguntar aos líderes europeus por quê seus países estão fechados para as milhares de pessoas que fogem da guerra e da pobreza.
Caminhando lentamente sob escolta policial sérvia, várias dezenas de pessoas se aproximaram da fronteira entre a Sérvia e a Hungria em uma tentativa de protestar contra a decisão de Budapeste de se manter fechada para a maioria dos requerentes de asilo, decisão que deixou milhares de pessoas no território sérvio.
"Nós todos somos seres humanos e estamos aqui porque temos muitos problemas em nosso próprio país", disse Sayed Mohsen Shah, do Paquistão.
Cerca de 300 homens, em sua maioria jovens e meninos do Afeganistão e do Paquistão, iniciaram a marcha na sexta-feira, em Belgrado, em direção à fronteira com a Hungria, a 200 quilômetros de distância. Com o forte calor, muitos desistiram ao longo do caminho, enquanto outros fizeram parte da rota de trem.
A Hungria recentemente reforçou os controles em sua fronteira sul, limitando o fluxo de imigrantes a cerca de 30 pessoas por dia, principalmente famílias com crianças pequenas, e deixando de fora aqueles que tentam cruzar ilegalmente. Centenas de migrantes já estão hospedados em campos improvisados ao longo da fronteira.
Diante do aumento do número de refugiados em seu território, as autoridades sérvias também anunciaram controles mais rigorosos em sua fronteira com a Bulgária e a Macedônia, a partir de onde grande parte dos imigrantes entram na Sérvia. A maioria das pessoas presas no país recusa-se a pedir asilo lá, temendo que isso acabe com as chances de chegar a qualquer nação da UE.
Safet Resulbegovic, da agência de refugiados do governo sérvio, disse que os
migrantes que chegaram domingo "se recusaram categoricamente a ir para os centros de imigrantes". "O objetivo era chegar à fronteira", disse.
Muitos imigrantes apelam para traficantes de pessoas para ajudá-los a atravessar para a União Europeia, que tem procurado conter o fluxo de imigração, depois que mais de um milhão de requerentes de asilo entraram no ano passado.
A agência médica internacional Médicos Sem Fronteiras alertou na sexta-feira
Sobre um "forte aumento" na violência contra os imigrantes e refugiados desde que as fronteiras dos Bálcãs foram fechadas, em março.
Fonte: Associated Press