segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vaticano participa de Seminário sobre migrações

O objetivo do Seminário é elaborar um quadro do fenômeno migratório no início do século XXI


O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, abrirá o seminário organizado pelo Ministério do Exterior mexicano nos dias 14 e 15 de julho sobre a situação do país no âmbito dos fluxos migratórios da América Latina aos EUA. A Santa Sé terá participação ativa no encontro.
Participarão também o embaixador do México no Vaticano, Mariano Palacios Alcocer, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Presidente da Pontifícia Academia das Ciências, o Arcebispo de Los Angeles, Dom José Gómez e oPresidente da Conferência Episcopal mexicana, Dom Carlos Aguiar Retes.
O objetivo do Seminário é elaborar um quadro do fenômeno migratório no início do século XXI, seja quantitativo como qualitativo, com dados estatísticos, característicos, causas, emergências, perspectivas, etc..
O embaixador explicou à imprensa que “interessa saber como os migrantes acessam à justiça e aos serviços de segurança social”. “Além do conhecimento exato da origem dos movimentos migratórios, percursos e destinos, é preciso, segundo ele, tomar consciência de que a migração não é um ‘peso’ e que os migrantes podem contribuir no intercâmbio e aproximação das culturas e podem ser um fator de desenvolvimento”, adiantou.

Palacios Alocer recordou enfim que “o México vive as migrações como um espelho do que acontece no mundo... não se pode esquecer que entre o país e os EUA existem três mil km de fronteira”.

ALTA COMISSÁRIA PARA AS MIGRAÇÕES RECONHECE: A EXTREMA-DIREITA PODE CRESCER TANTO EM PORTUGAL COMO CRESCEU NOS OUTROS PAÍSES EUROPEUS.

Se à crise económica se juntar um desinvestimento no diálogo intercultural estão reunidos "os ingredientes" para ver crescer a extrema-direita e o discurso racista em Portugal, alerta a Alta Comissária para as Migrações.
A três dias de terminar o mandato à frente do agora Alto Comissariado para as Migrações (antes ACIDI -- Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural), Rosário Farmhouse admitiu, que é real o risco de Portugal poder vir a perder o rótulo de país com boas práticas de integração dos imigrantes.
"Temos os ingredientes para isso. Se, junto de uma crise económica, (...) não continuarmos a investir no diálogo intercultural e na gestão da diversidade de uma forma positiva,os ingredientes estão lá para que possa acontecer como noutros países da União Europeia", admite.
Afinal de contas, sublinhou, os partidos da extrema-direita, com "discursos xenófobos, racistas, em relação às comunidades estrangeiras e também às comunidades ciganas, que, não sendo estrangeiras, são as mais excluídas", têm crescido um pouco por toda a Europa.
Portugal "continua a ser exemplo". Porém, alerta, "aquele racismo e discriminação que eram tímidos e subtis (...), com a crise, aparecem mais, as pessoas mais facilmente assumem", trazendo "para a esfera pública pensamentos que tinham mais em privado".
Por isso, é preciso contrariar a tendência de só "atacar" os "problemas" quando eles, efectivamente, surgem, defende a comissária. "Não podemos desinvestir nalgumas áreas", vinca, sustentando que a quase invisibilidade da extrema-direita em Portugal é "fruto" do "investimento que se fez nos últimos 20 anos".
Em Portugal, refere, "o investimento existe", mas "os recursos são menores, o orçamento também é reduzido" e há "alguns focos políticos diferentes".
Não se trata apenas de investimento, a "situação geográfica e económica" de Portugal é também favorável a uma "pressão migratória menor", reconhece. Além disso, a"matriz cultural" de Portugal é a de "um país plural", que "é grande quando se abre e pequeno quando se fecha" e que, "em tempo de crise", não pode "desperdiçar capital humano".
Embora não existam "focos de conflito nem discriminação tão descarada, tão desavergonhada", quem lida com as questões migratórias tem hoje uma "grande dificuldade", admite. "Como é que, em tempos de crise, conseguimos continuar a garantir e a fazer passar a mensagem de que isto não é dinheiro desperdiçado, mas é um investimento que traz paz e coesão social", questiona. "Quando não há focos de conflito, dificilmente se reconhece isso", vinca.
Considerando "muito assustador" que alguns portugueses emigrantes em França tenham votado no partido de extrema-direita Frente Nacional, liderado por Marine Le Pen, a alta comissária divide as "culpas" pela própria comunidade e pelos governos franceses.
"É uma comunidade portuguesa que nunca se integrou devidamente, muitos deles ficaram muito fechados dentro de si próprios e agora sentem uma ameaça em quem vem, acham que lhes vai retirar o seu lugar, porque não sabem bem qual é o seu lugar", observa.
Farmhouse recorda como viu cair por terra a ideia de que quem é discriminado nunca discrimina. "A minha experiência diz-me exactamente o contrário (...). Se eu fui discriminado, vou discriminar ainda mais, se eu tive dificuldade em ser integrado, vou dificultar ainda mais os outros, isso é realmente incrível", desabafa, propondo que se aposte em "mecanismos para que as pessoas percebam que há lugar para todos".
Agencia Lusa 



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mudanças climáticas de longo prazo provocam mais migrações do que os desastres naturais

Aumento da temperatura é a principal razão de deslocamentos


Quatro meses atrás, o vulcão Sinabung entrou em erupção na Indonésia, esvaziando as aldeias vizinhas, cobertas de cinzas. Cerca de 100 mil pessoas deixaram suas casas, mas a grande maioria voltou semanas depois. Esse é um retrato de como um desastre natural espanta uma população sem afugentá-la definitivamente. Agora, um estudo das universidades americanas de Princeton e Califórnia e do Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos afirma que as mudanças climáticas, que ocorrem a longo prazo, provocam mais migrações do que as catástrofes isoladas.

Segundo os pesquisadores, a temperatura e o índice de chuvas são os principais motivadores para as migrações definitivas. Com o avanço dos eventos extremos nas próximas décadas, cada vez mais áreas vão se tornar inabitáveis, e o contingente dos chamados refugiados climáticos deve explodir.

No estudo, publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os cientistas acompanharam por 15 anos o deslocamento de sete mil famílias da Indonésia. O país, que é o maior arquipélago do mundo, tem uma população de cerca de 250 milhões de pessoas. Aproximadamente 40% dependem da agricultura, e muitos vivem em áreas costeiras. São regiões altamente vulneráveis ao aumento donível do mar e outros efeitos ligados às mudanças climáticas.

DESERTIFICAÇÃO É OUTRA CAUSA

Com base nos registros, a pesquisa mostrou que o número de refugiados climáticos é maior em locais onde cresceu a temperatura média do país, que é de 25,1 graus Celsius. Segundo o estudo, isso ocorreu porque o aumento dos termômetros compromete o rendimento das culturas agrícolas. As chuvas teriam um papel mais tímido nas migrações definitivas.

Vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn concorda com os resultados do estudo.

— Uma população pode acreditar que um episódio isolado, como um vulcão, logo vai se resolver — lembra Suzana, que também é professora da Coppe/UFRJ. — Mas as mudanças climáticas vão obrigar que estas pessoas se retirem definitivamente de suas regiões. É um fenômeno já visto nos pequenos países do Pacífico, que já negociam uma migração definitiva para a Nova Zelândia, por causa do aumento do nível do mar.

A desertificação no Norte da África também provoca a migração de milhares de pessoas para o Sul da Europa. Esse deslocamento tem levado ao crescimento de legendas de extrema-direita, hostis à chegada dos refugiados climáticos.

— A migração de grandes populações também tem consequências econômicas — ressalta Suzana. — Na Europa, por exemplo, a resistência aos africanos é grande porque eles aceitam condições de trabalho muito desfavoráveis. No Ártico, o derretimento de geleiras proporciona a escavação de novos poços de petróleo, o que atrairia muitas pessoas e empresas. (Renato Grandelle)


O Globo

Como seriam as seleções da Copa sem jogadores imigrantes?

Como seriam as seleções da Copa sem jogadores imigrantes?  Com o avanço da extrema-direita na Europa está crescendo o debate sobre a participação dos imigrantes nas seleções de futebol. Com isso, o site russo RT fez um estudo sobre como seriam as seleções se nelas não houvessem imigrantes de primeira geração.
Na Europa não existem só os torcedores racistas atirando bananas para o campo, mas os partidos políticos de extrema direita estão ganhando terreno na França e na Holanda. Atualmente, a maioria dos Hooligans alemães são neonazistas. E este ano a Suíça votou para reduzir a imigração, desafiando o espírito das leis que permitem aos cidadãos a liberdade de circulação em toda a União Europeia.
Se definido amplamente a um “estrangeiro” como qualquer pessoa com pelo menos um progenitor nascido em outro país, a equipe suíça perderia dois terços de seus jogadores. França e Holanda ficariam muito desfalcados para a Copa do Mundo no Brasil e poderiam não conseguir passar nem da primeira fase. Já Argélia, Gana e Turquia seriam as equipes que teriam mais reforços.
Grupo A: Brasil, Croácia, México, Camarões
Brasil
Brasil, o favorito de seu grupo no “mundo real”, permaneceria assim, já que manteria todos os seus craques. Melhor ainda, o Brasil receberia alguns jogadores que atualmente atuam em outros países, como o atacante Eduardo da Silva do Shakhtar Donetsk, o meio-campista Jorge Sammir, que joga pela Croácia e o zagueiro Pepe de Portugal.
Croácia
Embora a Croácia tem chances limitadas de terminar líder do grupo A, permaneceriam com seus principais jogadores. Especificamente Mario Mandzukic ou Nikica Jelavic.
Como observado acima, perderia Da Silva para o Brasil. Mas se formos generosos sobre a destinação da maior parte da ex-Iugoslávia, a Croácia ter o meio-campista Blerim Dzemaili (nascido na Macedônia) e Xherdan Shaqiri, do Bayern de Munique (nascido em Kosovo), que jogam pela Suíça. O atacante Haris Seferovic, cujos pais vêm de Sanski Most, e o atacante Mario Gavranovic, cujos pais são de Gradacac, iriam jogar para a Bósnia-Herzegovina).
Grupo B: Espanha, Holanda, Chile, Austrália
Espanha
Espanha não perderia jogadores importantes, como atacante Pedro Rodríguez, os meias Andres Iniesta e Xavi Hernandez, ou o atacante David Villa. No entanto, perderia o atacante David Silva porque sua mãe é japonesa e seu pai é das Ilhas Canárias, e o brasileiro naturalizado Diego Costa.
Holanda
Holanda manteria seus principais jogadoresRobin van Persie, Arjen Robben e o meia Wesley Sneijder. Mas ficaria sem o zagueiro Bruno Martins que nasceu em Portugal, o atacante Jeremain Lens, o goleiro Michel Vorm, e o meio-campista Nigel de Jong.
Grupo C: Colômbia, Costa do Marfim, Grécia, Japão
Colômbia
Apesar de não contar com o atacante Radamel Falcao que foi cortado por lesão, seus outros principais nomes como o atacante Teófilo Gutiérrez, o meia James Rodriguez, o capitão, Mario Yepes, e o lateral Pablo Armero poderiam jogar normalmente.
Grupo A: Uruguai, Itália, Inglaterra, Costa Rica
Uruguai
O Uruguai teria importante jogadores como os atacante Luis Suarez e Edinson Cavani e o zagueiro Diego Lugano. No entanto, perderia o seu goleiro Fernando Muslera, que nasceu na Argentina.

Itália
Embora os italianos continuarem com jogadores-chave como Gianluigi Buffon, Giorgio Chiellini, Daniele De Rossi e Andrea Pirlo, perder alguns dos favoritos, como AC Milan frente Mario Balotelli, nascido em Palermo, mas cujos pais são de origem ganesa, e Fiorentina atacante Giuseppe Rossi, nascido nos Estados Unidos, especificamente em Nova Jersey, além do brasileiro Thiago Motta.
Grupo E: França, Suíça, Equador, Honduras
França
Infelizmente se houvesse uma regra contra utilização de imigrantes na seleção nacional, os franceses perderiam 12 jogadores de seu elenco que levou para o Brasil. Raphaël Varane e Loïc Rémy, cujos pais nasceram na Martinica, o zagueiro Mamadou Sakho, que é filho de senegaleses, o meia Blaise Matuidi, cujo pai nasceu em Angola, o defensor Eliaquim Mangala, cujos pais nasceram na República Democrática do Congo, o meia Rio Mavuba (seu pai nasceu no Zaire e sua mãe, em Angola), o meia Moussa Sissoko, cujos pais nasceram em Mali, o atacante do Real Madrid Karim Benzema, cujo pai nasceu na Argélia, o meio-campista Paul Pogba, cujos pais nasceram na Guiné e o meio-campista Matthieu Valbuena, que tem pai nascido na Espanha. Seriam alguns da grande legião estrangeira da equipe francesa a não poder vestir a camisa azul.
Suíça
A Suíça assim como a França é uma das seleções que mais perderia jogadores. O zagueiro Djorou que nasceu na Costa do Marfim, o lateral Ricardo Rodriguez que tem pai espanhol e mãe chilena, o volante Gelson Fernandes que nasceu no Cabo Verde, o meia Gokhan Inler, cujos pais nasceram na Turquia, Granit Xhaka, Xherdan Shaqiri e Valon Behrami e Blerim Dzemaili, nascidos na ex-Iugoslávia, e à frente e Mario Gavranovic e Haris Seferovic, ambos de ascendência bósnia.
Equador

Entre as equipes no Grupo E, o Equador e a Honduras se safariam e não iriam perder qualquer uma das suas estrelas.
Grupo F: Argentina, Bósnia, Irã, Nigéria
Argentina
A seleção argentina manteria a maioria de seus craques, entre eles LionelMessi, Javier Mascherano, Angel di Maria, Sergio Agüero. Mas perderia o atacante do Napoli Gonzalo Higuaín, que nasceu na França.
Grupo G: Gana, Alemanha, Portugal, Estados Unidos
Gana
Gana receberia de volta o zagueiro Jérôme Boateng, que joga pela Alemanha, cujo pai nasceu em Gana mas perderia o atacante Jordan Ayew, que nasceu na França. No entanto, Gana teria o atacante do Mario Balotelli, pois seus pais biológicos são de Gana.
Alemanha
Os alemães perderiam o meia Mesut Ozil, cujo pai nasceu na Turquia, e Sami Khedira, cujo pai nasceu na Tunísia, o atacante Miroslav Klose da Lazio, nascido na Polônia, o defensor Jérôme Boateng, nascido em Gana, Shkodran Mustafi, cujos pais são albaneses, e Lukas Podolski, que nasceu na Polônia.
Portugal 
A equipe lusitana perderia o zagueiro Kepler Laveran Lima Ferreira, mais conhecido como ‘Pepe’, nascido no Brasil, Nani, que nasceu em Cabo Verde, assim como Silvestre Varela.
EUA
Os norte-americanos perderiam o atacante Jozy Altidore, cujos pais nasceram no Haiti, Tim Howard, que tem a mãe húngara, o atacante Aron Johannsson, que tem pais nascidos na Islândia, Mix Diskerud, meio-campista nascido na Noruega, o zagueiro Omar Gonzalez cujos pais nasceram no México, e meio-campista Alejandro Bedoya Nantes, cujo pai é colombiano.
Além disso, a lista de “perdas” também acrescentariam o zagueiro John Brooks, Timmy Chandler, Jermaine Jones, e o zagueiro Fabian Johnson, todos nascidos na Alemanha ou com pais alemães.
Grupo H: Rússia, Bélgica, Coréia do Sul, Argélia
Bélgica

Outra seleção que perderia importantes nomes seria a Bélgica, o zagueiro Vincent Kompany e o atacante Romelu Lukaku, que nasceram na República Democrática do Congo, o atacante Kevin Mirallas, cujo pai nasceu na Espanha, Marouane Fellaini, cujos pais nasceram no Marrocos, Axel Witsel, cujo pai é da Martinica e Mousa Dembele, cujo pai nasceu em Mali seriam os desfalques dos Diabos Vermelhos.
Mantos do Futebol

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Corpos de imigrantes enterrados em valas comuns

Durante as duas últimas semanas, uma equipa de arqueólogos e antropólogos exumou 52 valas e encontrou vários restos mortais de imigrantes por identificar, num cemitério localizado em Falfurrias, no estado norte-americano do Texas.
Os corpos estavam envolvidos por sacos de plástico e alguns nem tinham proteção. Uma das valas continha três corpos dentro de um único saco, outra pelo menos cinco pessoas e outra continha vários restos mortais espalhados por pequenos sacos de lixo de plástico. Outras valas continham crânios e restos de esqueletos. O número total de pessoas enterradas não é ainda claro porque os corpos foram misturados.
A localidade de Falfurrias é uma zona com um elevado movimento de imigrantes que atravessam a fronteira do México com os Estados Unidos. No entanto, é também nessa zona que ocorre um maior número de mortes de imigrantes, muitas devido a ataques de organizações criminosas. Existe, inclusive, um posto de fiscalização na fronteira que tenta evitar que os imigrantes se cruzem com os contrabandistas que os matam e deixam os seus corpos espalhados pelas estradas, mas ainda assim as mortes sucedem-se.
Por outro lado, este é um local onde as temperaturas atingem valores altíssimos no verão e onde há pouca água e sombras. Os imigrantes, muitas vezes, morrem desidratados.
Os corpos dos imigrantes terão sido recolhidos pela polícia e enterrados por uma agência funerária, entre 2005 e 2009, o que deixa sérias dúvidas aos investigadores sobre a forma como são tratados esses casos. As valas comuns são mais um sinal de sistemas e políticas de imigração deficientes nos EUA, conhecidos pela sua dificuldade em lidar com os aspetos humanitários da migração ilegal.
Os investigadores esperam voltar no próximo ano para exumar mais restos mortais. Já não é a primeira vez que são encontrados vários corpos de imigrantes em valas comuns naquela zona.


Dario de Noticias

Inscrições abertas para processo seletivo especial para estudantes haitianos

Estão abertas as inscrições do Processo Seletivo Especial para acesso à Educação Superior da UFFS para Estudantes Haitianos – PROHAITI, válido para ingresso no segundo semestre do ano letivo de 2014. O período de inscrições segue até o dia 04 de julho. No total, são oferecidas 16 vagas, para cursos oferecidos no Campus Chapecó.
Podem inscrever-se neste processo seletivo especial candidatos haitianos que possuam escolaridade equivalente ao Ensino Médio (2º Grau) brasileiro, cursado no Haiti, devidamente comprovada através de diplomas/certificados e históricos escolares.
A inscrição deverá ser feita na Assessoria para Assuntos Internacionais, na sala 2.2.2 da Unidade Bom Pastor do Campus Chapecó (Telefone: (49) 2049.3140)  de acordo com o curso de graduação que o candidato deseja cursar, conforme as vagas descritas na tabela abaixo. As inscrições devem ser realizadas pessoalmente ou por procuração, mediante o preenchimento do Requerimento de Inscrição. Mais informações no Edital nº 359/UFFS/2014 e no Edital nº 367/UFFS/2014. 
O Processo Seletivo será constituído de uma prova com questões objetivas de caráter classificatório. A prova terá 50 questões objetivas de múltipla escolha, em língua portuguesa, divididas nas seguintes áreas do conhecimento: dez questões de matemática; dez questões de interpretação de texto; seis questões de Física; seis questões de Química; seis questões de Biologia; seis questões de Geografia e seis questões de História Geral. A prova ocorrerá no dia 20 de julho de 2014.


         Uff

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Paraguaios e haitianos são os principais estrangeiros em Cascavel

Segundo PF, por semana são feitos 20 pedidos de residência no município

No dia 25 de junho e comemorado o Dia do Imigrante no País. Por isso O Paraná fez um levantamento de quantos estrangeiros vivem na cidade.
Dados da PF (Polícia Federal), em Cascavel, revelam que os paraguaios lideram o ranking de estrangeiros vivendo no município. Eles somam 550, seguido dos haitianos com 507 e em terceiro lugar estão os argentinos, com 104 pessoas. Esses são os números oficiais com registros de permissão para entrar e morar no Brasil, mas estima-se que pelo menos 800 haitianos estejam ilegalmente em Cascavel. 
A técnica em enfermagem, Dilcéia Greco, é conhecida popularmente como “madrinha” dos haitianos em Cascavel. Ela conta que já ajudou mais de dez famílias conseguirem moradia eemprego na cidade. Desde 2013 a técnica em enfermagem ajuda os haitianos. 
“Todos chegam aqui com um objetivo: trabalhar e mandar dinheiro para o restante da família. A principal dificuldade é encontrar um lar. Muitas pessoas têm receio na hora de alugar um imóvel. Tento ser um elo e ajudo essas pessoas na medida do possível. São trabalhadores do bem”, afirma. 
Ela também relata que muitos chegam iludidos em busca de uma renda exorbitante. “Eles chegam crentes que vão ganhar muito dinheiro para mandar parte do salário aos familiares que ficaram no Haiti. Daí, eles veem que a realidade é outra, por isso há muita rotatividade de emprego entre eles”, ressalta Greco. 
Ainda segundo a PF, por semana são realizados 20 pedidos de residência, além dos demais atendimentos de renovação, na maioria para acompanhamento dos processos. Os principais problemas encontrados pelos imigrantes são com relação à documentação é a demora do processamento pelo Ministério da Justiça. Por causa da grande entrada de estrangeiros no Brasil nos últimos anos, existe um acúmulo de processos e por isso ocorre uma grande demora a emitir as residências aos imigrantes. 

Aílton Santos
O Parana

Investigadora defende distinção entre imigrantes que cometem crimes e ilegais

Uma investigadora de Coimbra, Maria João Guia, defendeu  que importa distinguir os imigrantes em situação irregular dos estrangeiros que cometem crimes.
“Os imigrantes são um alvo mais fácil” nos países de acolhimento, “mesmo quando não praticam crimes graves”, disse  Maria João Guia, docente do ensino superior e perita externa independente da Comissão Europeia na área da segurança, liberdade e justiça.
Maria João Guia é uma das organizadoras de uma conferência internacional, sobre crime organizado etráfico de pessoas, que decorrerá no Instituto Superior Bissaya Barreto (ISBB), em Coimbra,  e na qual vão participar especialistas de Portugal, Espanha, Brasil e Itália.
Alguns países da Europa, como a Holanda, “estão neste momento a debater a criminalização da imigração irregular”, lamentou a inspetora-adjunta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), frisando que estes imigrantes “são muitas vezes pessoas muito vulneráveis que deviam ser tratadas como vítimas” das redes internacionais que se dedicam ao tráfico de pessoas.
“Quando vão a uma polícia queixar-se de criminosos, eles ainda não têm um documento a atestar que são vítimas, como acontece com a violência doméstica”, disse.
Segundo Maria João Guia, “paira uma dúvida na mente das pessoas, que acabam por confundir as vítimas e os criminosos”, quando os traficantes reduzem tantas vezes estes imigrantes à condição de escravos.
“Para apoiar as vítimas, há muitas diferenciações que devem ser feitas”, frisou. Além das pessoas que procuram emprego e melhores condições de vida, “há outras que fogem a perseguições políticas ou religiosas” nos países de origem.
O número de vítimas de tráfico de pessoas “está a aumentar na Europa”, enquanto as condenações por este crime “estão a diminuir”.
Maria João Guia salientou que, “em matéria de integração dos imigrantes”, Portugal ocupa atualmente “o segundo melhor lugar” a nível mundial, a seguir à Suécia, de acordo com estudos independentes.
Na conferência “O crime organizado e o tráfico de pessoas – Reflexões e dilemas internacionais”, intervirão o italiano Luigi Solivetti (Universidade de Roma La Sapienza), os espanhóis Esther Quinteiro e Pedro Rodriguez (Universidade de Salamanca) e os brasileiros Débora Piacesi (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Marcus Gomes (Universidade Federal do Pará), além de vários especialistas portugueses.
Na sessão de abertura, às 09:00, usarão da palavra Cristiane Reis (ISBB), Manuel Simas Santos (Instituto Superior da Maia, ISMAI), Reis Marques (Agência para a Prevenção do Trauma e da Violação dos Direitos Humanos), Manuel Palos (diretor do SEF) e André Costa Jorge (Serviço Jesuíta aos Refugiados – JRS).
Financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, a iniciativa, que já teve uma primeira edição em maio, é organizada por docentes do ISBB, do Instituto Universitário da Maia (ISMAI), do curso de doutoramento em “Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI” das faculdades de Direito e Economia da Universidade de Coimbra e da rede internacional Crimmigration Control International Net of Studies.


 Agencia Lusa

terça-feira, 24 de junho de 2014

Negros estrangeiros buscam Mama África paulistana

A principal cidade do país com mais negros fora da África tem poucos imigrantes vindos daquele continente. Segundo relatório da Polícia Federal de dezembro de 2013, 3.836 africanos moram legalmente na capital. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos diz que, com os ilegais, o total passa dos cinco mil. 
Mesmo assim, o número é muito inferior ao da imigração vinda de nações europeias, sul-americanas e asiáticas (ver tabela ao lado). São 78 mil os portugueses que vivem em São Paulo, bolivianos, 63 mil e japoneses, 36 mil. Os nascidos em Camarões, são apenas 114. 
Por serem poucos, os africanos moradores de São Paulo concentram-se em espécies de guetos localizados, principalmente, no Centro, em bairros como Campos Elíseos, Bela Vista, Brás e Liberdade. Na Zona Leste também existem redutos africanos. Guaianases e Mooca destacam-se. Ainda há a presença de africanos em Santana e Tucuruvi, Zona Norte, e Raposo Tavares, na Zona Oeste. 
Pobreza nacional

Uma das possíveis explicações para a ainda reduzida presença de africanos no Brasil pode ser obtida com as palavras de Adama Konate, de 33 anos, que veio do Mali para São Paulo em 2012. “Na África, o que se fala do Brasil, além do futebol, é sobre a pobreza. Só que quando a gente chega no país percebe que não é assim. O Brasil é um país desenvolvido, rico, com muita coisa moderna. Eu fiquei impressionado. A Copa está valendo para reverter ainda mais essa visão errada.” 
Segundo Paulo Illes, coordenador de políticas para imigrantes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, São Paulo costuma ser local de trânsito de imigrantes africanos. Vem do Senegal a onda imigratória africana que atualmente preocupa Illes. “De 2010 para cá, a quantidade de senegaleses que vieram para São Paulo aumentou numa proporção bem maior do que a de outras nacionalidades africanas”, disse. 
Segundo ele, a anistia aos imigrantes ilegais concedida pelo governo federal em 2009 fez com que muitos africanos  regularizassem a sua situação. “Por outro lado, os que vieram depois disso, como é o caso dos senegaleses, muitas vezes ficam na cidade clandestinamente.”

Diário de Sao Paulo

SERVIÇO PASTORAL DO MIGRANTE :MISSA DO MIGRANTE NA CATEDRAL DA SÉ

Motivados pelo tema e lema da 29ª Semana do Migrante “Migrar é Direito: Tráfico Humano é Crime!”, migrantes de diversos países latino-americanos, do Haití, do continente africano, e, de diversas regiões brasileiras se encontraram na manhã de 22 de junho-2014, na Catedral da Sé, em São Paulo, para a celebração do Dia Nacional do Migrante.
Antes do início da celebração, na escadaria da Catedral da Sé houve uma exposição de faixas, cartazes, fotografias, banners e símbolos da migração que, ajudavam a reavivar a memória e a sensibilidade para as realidades do povo migrante. Foram lembradas e denunciadas as violações de direitos, as angústias e desafios na migração, como os treze trabalhadores migrantes que morreram acidentados nas obras da COPA 2014, as lutas das famílias migrantes pelo acesso à água, à terra, ao trabalho decente, à documentação, à saúde, moradia e educação. Mas, também foram lembradas e anunciadas as ricas contribuições que os migrantes possibilitam, como as trocas e diversidades culturais, os saberes,  a arte, o trabalho, a persistência e a capacidade de transformação social.
Aos poucos, a catedral da Sé foi sendo lotada por centenas de migrantes. A celebração foi presidida pelo Cardeal Dom Odilo Scherer, concelebrada por padres scalabrinianos.  A missa foi transmitida ao vivo pela Rádio 9 de Julho.  Participaram religiosas do CIMI, irmãs scalabrininas e seminaristas. Houve também a presença de muitos turistas europeus, asiáticos, norte-americanos que vieram assistir a COPA 2014 e foram visitar a Catedral da Sé. Eles se mostraram vislumbrados com celebração do Dia do Migrante e a riqueza dos símbolos apresentados.

Durante a celebração, Dom Odilo destacou os trabalhos da Missão Paz, no bairro do Glicério, e tantas outras iniciativas ligadas à Pastoral dos Migrantes e à Cáritas da Arquidiocese de São Paulo. Ele afirmou que “muitos migrantes que vivem situações que acabam não aparecendo; situações de fragilidade, de exploração, de trabalho análogo ao de escravos; outras vezes para o comércio ilegal, drogas, prostituição”. “Nós somos solidários a todos estes migrantes. Todas as igrejas de nossa Arquidiocese estão abertas para os migrantes participarem das celebrações, sacramentos, buscar uma palavra de conforto; aqui estão todos em casa, independentes da origem – sintam-se em casa!”, completou Dom Odilo.
A celebração foi muito profunda, animada e emocionante. Nos ritos e liturgias, os migrantes clamaram por políticas migratórias humanitárias, trabalho decente, prevenção e combate ao tráfico de pessoas, e, por dignidade humana, sinais vivos do Reino de Deus.
Alguns dos momentos mais marcantes foram a procissão de oferendas, quando os migrantes apresentaram símbolos de suas culturas, de seus trabalhos, de suas esperanças, de suas lutas e seus sonhos. Ao final, uma procissão com imagens de Nossa Senhora, padroeiras dos diversos países latino-americanos comoveu muitas pessoas e expressou a profunda fé dos migrantes.
A Missa encerrou a Semana do Migrante, que acontece todos os anos nas diversas comunidades onde os migrantes vivem e participam, expressando sua fé e sua cultura, segundo sua própria origem.

SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes




segunda-feira, 23 de junho de 2014

Encerramento de la 29ª Semana Nacional do Migrante: ‘Migrar é direito, tráfico humano é crime’ Catedral da Sé


Los migrantes y los refugiados son parte importante en nuestra comunidad.. Estos son niños, mujeres y hombres que se van o se ven obligados a abandonar sus hogares por diversas razones, que comparten el mismo deseo legítimo de conocer, de haberlo hecho, pero, sobre todo, a ser más.



 Es increíble la cantidad de personas que emigran de un continente a otro, así como aquellos que se desplazan dentro de sus propios países y áreas geográficas. Los flujos migratorios contemporáneos son el mayor movimiento de personas, En el camino, al lado de los migrantes y de los refugiados se encuentra el trabajo de  la Missao Paz y Servicio Pastoral del Migarnte . La Iglesia se esfuerza por comprender las causas que están en el origen de la migración, pero también se esfuerza por trabajar para superar los efectos negativos y maximizar los impactos positivos en las comunidades de origen, tránsito y destino de los flujos migratorios.


 Estas fueron las palabras del Cardenal De São Paulo Odilio Scherer em la Homilia ,durante la misa que fue realizada em la Catedral da Se, durante el encerramento de la 29ª Semana Nacional do Migrante: ‘Migrar é direito, tráfico humano é crime’,
Durante la celebracion el pueblo migrante , mostro su arte, cultura, atravez de pancartas, comidas típica, vestimentas . estuvieron presentes de  la Missão Paz los Padres Alejandro e Luis,Seminaristas  y toda la Secretaria del Servicio Pastoral del Migrante.













Miguel Ahumada

O Governo mexicano culpa agora os EUA pela crise migratória

“Os Estados Unidos, com seu projeto de imigração e alguns discursos que escutamos, fizeram os países da América Central e os pais imigrantes que estão em solo americano acreditarem que podiam receber seus filhos e que eles teriam a possibilidade de obter um registro permanente”, afirmou na sexta-feira o segundo homem mais importante do governo mexicano, Miguel Ángel Osorio Chong.
O secretário de Interior fez essas declarações em uma entrevista a uma emissora de rádio depois de se reunir com o vice-presidente dos EUA,Joseph Biden, os mandatários da Guatemala e de El Salvador, Otto Pérez e Salvador Sánchez, e representantes de Honduras para abordaro drama humanitário das crianças migrantes que chegam sozinhas aos Estados Unidos.
Nas palavras de Osorio Chong, o Governo de Obama deve lançar uma “campanha de informação para os imigrantes que estão nos Estados Unidos” para que estes, por sua vez, possam “avisar seus familiares em toda a América Central de que não há possibilidade de os menores serem recebidos legalmente ao chegar” ao país norte-americano. O secretário, que foi enviado à reunião para representar o presidenteEnrique Peña Nieto, afirmou ainda que o problema das crianças migrantes também é um problema de segurança: “Ao mandá-los sozinhos, as famílias os expõem a riscos muito graves”.
Por sua localização geográfica, o México é passagem obrigatória na rota até os Estados Unidos. Apenas entre 17 e 24 de março deste ano, em uma semana considerada negra, o Instituto Nacional de Migraçãoresgatou 370 menores. Dentre eles, 163 foram abandonados por supostos traficantes de pessoas. Os polleros ou coyotes, como são conhecidos na região, cobram cerca de 8.000 dólares (aproximadamente 17.800 reais) para transportar as crianças desde a América Central, mas quando autoridades aparecem, ele fogem deixando os menores sozinhos. Ao passar pelo México, os migrantes se expõem a sequestros, estupros, extorsões ou assassinatos por parte dos grupos do crime organizado que atuam nos diferentes Estados do país.
Para Osorio Chong, é fundamental que exista “uma perspectiva regional, políticas públicas conjuntas e que não seja apenas um país que tente enfrentar o problema sozinho”. “Até agora cada um trouxe sua proposta, mas não há uma coordenação”, disse.
O secretário assegurou que expôs o problema nesses termos, e que o vice-presidente Joe Biden se mostrou receptivo a suas queixas. Além disso, convocou todos os países a abordar o assunto na próxima reunião que ocorrerá em Manágua, no fim de junho.
Há algumas semanas, Barack Obama se referiu à entrada de crianças sem documentos nos Estados Unidos como um “assunto humanitário urgente”. O presidente pediu ao Congresso uma sessão extraordinária para resolver como lidar com a multidão de pessoas sem documentos, e o Governo habilitou bases militares para atendê-los. No entanto, a capacidade desses albergues também se viu transbordada, o que gerou uma crise sem precedente no país.
Entre outubro de 2013 e maio de 2014, a Polícia de Fronteira deteve 46.188 jovens menores de 17 anos. Há 13 anos, a quantidade de crianças que chegavam aos EUA sem documentos não passava de uma média de 6.700 por ano.

 El Pais